Olá, amigos! Mais uma vez, temos uma doença a ser
tratada neste blog. A Doença de Addison é rara, mas é fundamental que quando
ela apareça seja identificada, já que ela pode ser tratada, mas é
potencialmente fatal.
Entre suas causas mais comuns temos a destruição de
tecido da glândula supra-renal por agentes patogênicos e a destruição
auto-imune do córtex da mesma glândula. Como a supra-renal é responsável pela
produção de cortisol e aldosterona, a conseqüência de sua destruição parcial
pelos motivos citados resulta em uma diminuição na quantidade desses hormônios.
As reclamações relacionadas à doença incluem fadiga,
astenia, perda de peso, anorexia, náuseas, vômitos, tonteiras e aumento da
pigmentação de pele(sobretudo nas articulações digitais, cotovelo, sulcos
palmares, linha da cintura), e a maioria desses sintomas são causados pela
deficiência de cortisol, e a administração dele costuma amenizar os sintomas. O
vitiligo é observado em 20% dos casos. A hipotensão também a aparece, sendo
conseqüência principalmente da falta de mineralocorticóides.
Alguns sintomas da doença de Addison |
O tratamento da doença envolve a reposição de
glicocorticóides e mineralocorticóides, podendo ser utilizada a cortisona,
prednisona e prednisolona, e a maior parte da medicação é administrada na parte
da manhã(66% a 75%), sendo o restante administrado no início da tarde. Isso é
feito para simular a variação do cortisol nos diversos períodos do dia, da
mesma forma que ocorre em um organismo no qual a produção desse hormônio está
regular. Em casos de estresse, a quantidade de medicamento administrada pode
ser aumentada. Além disso, se os sintomas persistirem, normalmente a dose do
medicamento é aumentada ao mínimo necessário para que os sintomas desapareçam,
uma vez que o excesso desses hormônios também é prejudicial.
Da mesma forma, os mineralocorticóides serão administrados
e sua quantidade pode variar de acordo com as circunstâncias(clima quente e
atividade crescente, por exemplo). A pressão arterial é um dos fatores
avaliados para que a reposição de mineralocorticóides seja reajustada, sendo a
hipertensão motivo para diminuir a quantidade de medicamento e a hipotensão
para aumentá-la.
Um dos aspectos fundamentais que envolvem o
tratamento da doença de Addison é que o paciente conheça a ação dos corticóides
e dos medicamentos sobre seu corpo para que possam reconhecer os sintomas de
doses insuficientes para a reposição correta e, dessa forma, entrar em contato
com o médico para que os reajustes necessários sejam feitos.
É possível perceber que a doença de Addison não é
difícil de ser tratada, mas exige atenção e cuidado para que a pessoa que a
possui não tenha muitos problemas por causa dela e tenha os medicamentos na
dosagem certa. O conhecimento e a administração correta desses medicamentos é
absolutamente fundamental para que não existam complicações graves de saúde devido
a doença.
Por enquanto é só, até a próxima!
Bibliografia:
·
Endocrinologia, Ernest L. Mazzaferri. Editora
Guanabara, terceira edição
·
http://patologando.blogspot.com.br/2009/09/doenca-de-addison.html
Meu filho Gabriel de 10 anos é portador de Adrenoleucodistrofia, ele faz uso do acetato de hidrocortisona entre outras medicações.
ResponderExcluirEste é nosso blog sobre ALD
http://www.gabrielpollaco.blogspot.com.br/